Sam Riley - Control
Baseado num dos poucos relatos pessoais e íntimos existentes de Ian Curtis, “Touching From a Distance” de Deborah Curtis, “Control” conta-nos a história já conhecida e rebatida vezes sem conta de Ian Curtis, a diferença aqui está no facto de que desta vez ela é-nos contada de dentro para fora, ou seja, o espectador ao ver o filme não vê um filme sobre Ian Curtis vocalista e líder dos Joy Division mas sim um filme sobre um casal em que o marido é Ian Curtis, que por acaso é vocalista dos Joy Division, e é precisamente aqui que este filme se afasta do documentário típico sobre um qualquer grupo musical e se aproxima definitivamente de um drama baseado numa história real.
Filmado a preto e branco com uma mestria que poucos demonstram, e tendo em conta que é a estreia em longas metragens, Corbijn, conhecido pelo seu trabalho junto dos PIL, Joy Division e mais recentemente dos U2 e Depeche Mode, conseguiu surpreender e não fazer um teledisco de 2h, e mais que isso recriar com uma dose elevada de realismo tanto o retrato de uma Manchester cinzenta e depressiva a sair do Punk com todo aquele sentimento de urgência que naqueles tempos se vivia em termos culturais, como, por outro lado a imagem que todos temos de Ian Curtis (aliás imagem que todos devemos a ele mesmo, não esquecer que são dele algumas das fotografias mais conhecidas dos Joy Division).
O realismo obtido no filme (afirmado tanto pelos "ex-Joy Division" como por Deborah Curtis, que consta ter entrado uma vez no set e chamado Sam Riley de Ian) é fruto de um conjunto de esforços, tanto do realizador/produtor (como exemplo, a casa que aparece no filme é a casa onde Ian e Deborah moravam), como, claro, dos actores, principalmente dos membros do grupo que tocaram todas as músicas, sendo que Sam conseguiu captar todos aqueles maneirismos de Ian em palco, tornando as cenas ao vivo soberbas a nível visual, e de Samantha Morton que no papel de Deborah Curtis tem uma actuação inteligente servindo de “âncora” durante todo o filme sem, no entanto, nos desviar a atenção do protagonista.
Impressionante também, é o fim, onde, e muito bem, não nos é permitido “entrar” dentro de casa com Deborah, mantendo-se assim o momento do suicídio como o momento privado que foi.
Não sendo, como já referi, um "documentário rock" é, para mim, o melhor documentário biográfico de um artista que alguma vez vi.
Filmado a preto e branco com uma mestria que poucos demonstram, e tendo em conta que é a estreia em longas metragens, Corbijn, conhecido pelo seu trabalho junto dos PIL, Joy Division e mais recentemente dos U2 e Depeche Mode, conseguiu surpreender e não fazer um teledisco de 2h, e mais que isso recriar com uma dose elevada de realismo tanto o retrato de uma Manchester cinzenta e depressiva a sair do Punk com todo aquele sentimento de urgência que naqueles tempos se vivia em termos culturais, como, por outro lado a imagem que todos temos de Ian Curtis (aliás imagem que todos devemos a ele mesmo, não esquecer que são dele algumas das fotografias mais conhecidas dos Joy Division).
O realismo obtido no filme (afirmado tanto pelos "ex-Joy Division" como por Deborah Curtis, que consta ter entrado uma vez no set e chamado Sam Riley de Ian) é fruto de um conjunto de esforços, tanto do realizador/produtor (como exemplo, a casa que aparece no filme é a casa onde Ian e Deborah moravam), como, claro, dos actores, principalmente dos membros do grupo que tocaram todas as músicas, sendo que Sam conseguiu captar todos aqueles maneirismos de Ian em palco, tornando as cenas ao vivo soberbas a nível visual, e de Samantha Morton que no papel de Deborah Curtis tem uma actuação inteligente servindo de “âncora” durante todo o filme sem, no entanto, nos desviar a atenção do protagonista.
Impressionante também, é o fim, onde, e muito bem, não nos é permitido “entrar” dentro de casa com Deborah, mantendo-se assim o momento do suicídio como o momento privado que foi.
Não sendo, como já referi, um "documentário rock" é, para mim, o melhor documentário biográfico de um artista que alguma vez vi.
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