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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Agenda [actualizado]

CONCERTOS
Messer Chups
Sexta 28 de Maio, Santiago Alquimista, Lisboa
Sábado 29 de Maio, Armazém do Chá, Porto
Domingo 30 de Maio, Alps-Central Pub, Bragança



Gary Numan
Sexta 28 de Maio, Casa das Artes, Vila Nova de Famalicão


Rammstein
Domingo 30 de Maio, Rock In Rio, Lisboa


EVENTOS

Tributo a Ian Curtis - sexta 28 de Maio
Sexta 28 de Maio, Santiago Alquimista, Lisboa


Vintage Lab
Sexta 28 de Maio, Heavens, Porto



The Final Hour: Tributo a Ian Curtis
Sábado 29 de Maio, Metropolis, Lisboa



Dark Night
Sábado 29 de Maio, Heavens, Porto

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Agenda [actualizado]

CONCERTOS

La Chanson Noire
Sábado 22 de Maio, Fábrica de Som, Porto
(ver artigo abaixo)


EVENTOS

Bouquet of Dreams
Sexta 21 de Maio, Parke, Porto



Orryelle & the Alchymic Ritual Theatre + Lançamento da fanzine Abismo Humano nº 4
Sexta 21 de Maio, Centro Chokurei, Lisboa
(ver artigo abaixo)


Funeral Party
Sexta 21 de Maio, Metropolis, Lisboa



Tributo a Ian Curtis
Sexta 21 de Maio, Spot, Porto



Depeche Mode Party
Sábado 22 de Maio, Metropolis, Lisboa



Heavens, programa de sábado
Sábado 22 de Maio, Heavens, Lisboa

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ataraxia, Castelo de Leiria, 27 de Agosto

Confirmado o concerto dos Ataraxia no castelo de Leiria em Agosto.
De acordo com a newsletter da banda o concerto terá ainda a participação dos Ashram e dos Ordo Rosarius Equilibrio e está incluído no Festival Entre Muralhas que decorrerá nos dias 27 e 28 de Agosto no Castelo de Leiria.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Agenda [actualizado]

EVENTOS

Decades
Sexta 14 de Maio, O Ninho de Nosferatu, Porto



Tributo a The Prodigy
Sexta 14 de Maio, Metropolis, Lisboa



Back to the 80's
Sábado 15 de Maio,Metropolis, Lisboa

sábado, 8 de maio de 2010

Orryelle & the Alchymic Ritual Theatre, 21 de Maio, Lisboa

A Abismo Humano Apresenta

Dia 21, às 22h no Centro Chokurei, Lisboa: Orryelle na voz, no violino, e na performance teatral, acompanhado por Lila Lilith com dança do ventre e butoh, mais Epic, com técnicas de Glassblowing (ex). Lançamento da revista Abismo Humano nº4, e SilkMilk nº4.

Vê este vídeo: The Alchemy of the Tela Quadrivium Part 2

La Chanson Noire, 22 de Maio, Fábrica de Som, Porto


Por mail,




A HellOutro Enterprises tem o prazer de anunciar o concerto de apresentação do seu mais recente lançamento, o vinil O Bordel De Lúcifer de La Chanson Noire.

O evento terá lugar no próximo dia 22 de Maio (Sábado), pelas 22h, na Fábrica de Som (Porto). Para além da actuação de La Chanson Noire, a primeira parte do evento será assegurada por Aires Ferreira. As reservas para o evento darão direito a um exemplar do vinil O Bordel De Lúcifer.

Em anexo segue a press-release do evento, assim como o flyer promocional. Agradece-se todo o apoio e divulgação que possam fazer do evento.

Contamos também com a vossa presença, passem palavra e encontramo-nos no dia 22 para uma grande noite de música nacional!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"O Castelo de Otranto", por Horace Walpole

Não sei se esta foi a primeira vez que li "O Castelo de Otranto". Lembro-me de ter estado várias vezes na Feira do Livro, com este nas mãos, folheando e questionando se deveria ou não comprar. Se comprei, e se li, não me lembrava absolutamente nada da história. Algo me diz que não cheguei a ler, por duas razões. A primeira, porque me parecia um conto demasiado pequeno em que gastar o meu dinheiro (sempre preferi histórias longas). A segunda, porque folheando não me pareceu suficientemente sobrenatural numa altura em que eu procurava sobretudo os clássicos mais marcantes.
Isto, de procurar o mais gritante, em si também é curioso, porque a um leitor é necessário conhecer os extremos antes de conseguir apreciar a subtileza do intermédio.
Só agora, finalmente, me debrucei sobre "O Castelo de Otranto", considerada a primeira novela gótica, e a li com outros olhos, e uma uma outra percepção tão vasta e profunda que milhentas ideias me surgiram de seguida. Não sei se conseguirei expor sequer algumas. Foi uma espécie de turbilhão que ainda tem de ser melhor estudado. (Quando digo "estudado", refiro-me à análise mais cuidada desta minha tese embrionária.)
"O Castelo de Otranto" conta uma história interessante sobre um tirano que tudo faz para manter a descendência masculina do seu principado de modo a que este não se extinga por falta de legítimos herdeiros. E é isto, não há nada mais. A maldição, os "efeitos sobrenaturais", são secundários. Por alguma razão lhes chamo "efeitos", como se aplica o termo nos filmes. O que é realmente interessante na história é a forma como Manfred tenta manipular todos os que entram em contacto com ele, e a profundidade psicológica desta personagem escrita no século XVIII (1764). Por isto, sim, fiquei maravilhada.
E decidi procurar mais sobre a "novela gótica". Diz a wikipedia: a novela gótica é um género literário que combina elementos de horror e romance.
Foi aqui que a minha mente se pôs a trabalhar a 1000 à hora. Não a respeito da novela gótica clássica, mas de tudo aquilo que actualmente caracteriza o movimento gótico como o conhecemos. Haverá, actualmente, uma literatura gótica, isto é, moderna? E terá já alguma coisa a ver com o clássico?
Afinal, quanta música gótica trata de fantasmas? Vejam-se os clássicos. As referências são muitas, mas os fantasmas já não estão no exterior. Os fantasmas, actualmente, são projecções dos medos inconscientes. (Freud fazia mesmo muita falta à literatura). E se é a profundidade psicológica de uma personagem como Manfred que me toca, não o é menos o drama existencial dos vampiros de Anne Rice, que já não são personagens de terror, são seres humanos que por acaso são vampiros e que por essa razão conseguem analisar a condição humana por uma lente privilegiada. Na minha opinião, há muito que a literatura que é lida pelo movimento gótico se afastou do "terror" clássico, mais ou menos da mesma maneira que alguém disse dos Joy Division que os seus temas eram góticos, e não consta que falassem de fantasmas. Pelo menos dos fantasmas de fora. E há muito tempo que o verdadeiro terror vem das profundidades da alma, sem sequer a necessidade de o projectar num monstro algures na noite lá fora. A banda que melhor conseguiu fazer esta ligação, escrevendo canções de amor que algumas pessoas interpretaram como a possessão por um íncubo, foram os Fields of the Nephilim. Quando alguém comentou isto, mais ou menos na brincadeira, eu lembro-me de ter perguntado: não é isso que é o sexo, qualquer e todo o sexo? Qual é a diferença? E se é assustador? E desde quando sentir que a felicidade depende de um ser que nos é alheio e incontrolável não é assustador? Para quê mais monstros, se já há tantos onde eles realmente existem e sempre existiram?
Eram muito ingénuos, estes primeiros escritores góticos, mas enfim... Freud fazia falta.



Original in Gotika

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Agenda

EVENTOS

Neon Nights
Sexta 7 de Maio, Metropolis, Lisboa



Underground Revolutions
Sexta 7 de Maio, Heavens, Porto



Heavens, programa de sábado
Sábado 8 de Maio, Heavens, Porto

terça-feira, 4 de maio de 2010

Lost - This place is death



A princípio, provavelmente como toda a gente, pensei que esta era mais uma série sobre sobrevivência em ambiente selvagem e hostil, numa Babilónia explosiva de personagens de vários cantos do mundo que além das dissensões entre eles próprios se têm de haver também com um inimigo comum (os Outros). Julguei, na altura, que era uma metáfora para o planeta cada vez mais bélico e perigoso em que vivemos neste fim de século e princípio de milénio, um mundo que se tornou refém de um inimigo sem rosto que é o terrorismo. Escrevi sobre isso aqui.
Pela terceira temporada da série, comecei a perceber que na ilha se passava mais do parecia a princípio. Os elementos sobrenaturais (monstros, visões, visitas fantasmagóricas), que de início se diriam introduzidos eles próprios como metáfora ou manobra de distracção, começaram a assumir um papel tão preponderante que deixaram de ser secundários. Convenci-me de que a única explicação lógica era esta só: os supostos sobreviventes acreditam que continuam vivos mas afinal morreram e encontram-se numa espécie de limbo, ou purgatório, entre a vida e a morte, exactamente por se recusarem a acreditar que estão mortos. (É de salientar que as crianças do grupo desaparecem, supostamente levada pelos Outros -- quem são estes Outros, afinal? -- pois as crianças não sofrem o purgatório.) Deste modo, os intervenientes continuam a viver como se nada fosse, perplexos perante os fenómenos sobrenaturais com que são confrontados mas sem se esforçarem muito por encontrar explicação para estes (talvez temam demasiado descobrir a verdade). Encontros com gente já falecida, curas milagrosas, recordações do passado, tudo isto se torna compreensível se a percepção do corpo, e da vida deste, é apenas imaginária. Em suma, são as almas que continuam a viver, e a acreditar que ainda têm um corpo físico. Porque é que isto acontece com algumas personagens e outras não? Acontece especialmente com aquelas que têm assuntos pendentes que as atormentam. Nesse caso, pergunta-se, porque muitas personagens morrem ou são mortas durante a série? E eu pergunto: morrem ou acreditam que morrem? Não estavam já mortos? Veja-se a morte de Mr. Eco, em que este se deixa levar pelo monstro de fumo como se acreditasse que estava a ser arrastado para o inferno, até porque devido às suas convicções religiosas se julgava condenado a esse castigo no Além. Tenho a teoria, para a morte de certas personagens, que estas não morrem, simplesmente "avançam" para o nível seguinte quando para tal estão preparadas. Os Outros são os guardiões deste Limbo, anjos ou demónios, ou simplesmente o equivalente ao que chamamos seres celestiais, ou guias espirituais, o que explica o "rapto" das crianças -- os inocentes -- para o nível seguinte. Da mesma forma, na ilha não há nem pode haver nascimentos, e muito menos concepções. É na terra que se nasce, não no "Céu". No "Céu" não se nasce, nem se vive, simplesmente se espera.
Isto que estou a dizer não é só opinião minha, e muito menos teoria própria. Muitos outros espectadores, em todo o mundo, interpretaram assim. A tal não é alheio o facto de aparecer na série a palavra "dharma", que nos remete imediatamente para a espiritualidade oriental. Segundo esta, as almas morrem e reencarnam, mas antes deste eterno retorno passam algum tempo a purificar-se, no que a religião ocidental chama purgatório ou limbo, até estarem preparadas para regressar à existência terrestre. Na existência terrestre, enquanto encarnadas, realizam o Dharma, isto é, o caminho para a verdade superior, o destino. Mas sofrem também as consequências do karma, a lei de causa e efeito, a recompensa e o castigo pelo que fizeram em outras encarnações. O karma tornou-se muito conhecido, o Dharma nem por isso. A experiência Dharma (ou "Iniciativa Dharma") podia ser o nome de código que Deus deu à Criação. Dharma, o destino; Karma, a Justiça.
São as almas mais atormentadas, as que têm mais assuntos pendentes, as que maior urgência sentem em voltar a reencarnar, para saldar o seu karma e cumprir o seu dharma. Na série, personagens como Kate, Jack, Sawyer, Sahid. Outras, menos "carregadas" ou mais evoluídas, sentem-se impelidas a não regressar, a passar para o lado dos Outros, como é o caso de Jonh Locke.
Nesta dinâmica, muitas vezes não se percebe se os Outros são anjos ou demónios. Tenho para mim que o manipulador Ben Linus é o Diabo, ou um seu agente, ou algo que o valha. Repare-se que ele não obriga ninguém a fazer nada. Ele tenta, ele convence, mas as personagens agem segundo o seu livre-arbítrio.
Muito bem, esta é a teoria. Os produtores da série negam-na veementemente. Não estão nada mortos, não estão nada no Limbo, são personagens de carne e osso. Eu acho que mentem com todos os dentes, para não afastarem da série os espectadores de inclinação mais científica, mas mentem de facto, e vou explicar porque o afirmo.
Nas temporadas seguintes, algumas personagens conseguem sair da ilha e regressar "ao mundo dos vivos". É a tão aguardada "reencarnação". Depressa descobrem, porém, que todos os problemas voltaram com eles, se não os mesmos outros piores que os anteriores. Jack e Kate tentam ficar juntos, mas Jack já não encontra sentido para a sua existência e torna-se dependente de comprimidos. Hurley prefere refugiar-se num hospício. Sahid continua a viver o inferno que deixara para trás ao chegar à ilha, e vê-se novamente transformado num assassino: "trabalho para um genocida", confessa. Sun vive em desgosto e amargura, completamente dominada por desejos de vingança, e ainda e sempre separada do marido que tinha já perdido antes de chegar à ilha. John Locke, de novo remetido a uma cadeira de rodas (tudo muda e tudo se repete) tenta enforcar-se. Em suma, o karma continua a exigir o pagamento da dívida. As personagens continuam a não cumprir o seu dharma, o seu destino. Mais uma encarnação desperdiçada.
É por isso que regressam à ilha, sem necessidade de grandes justificações, nem a si próprios. O seu caminho foi interrompido, necessitam de enfrentar os factos e os erros e de uma profunda purificação. Jack chega a desejar a morte, como se depois da última experiência na ilha, ou no pós-morte, compreenda que o seu espírito está demasiado evoluído para a existência terrena que tem experimentado até aí. Jack está, na minha opinião, em vias de se tornar também um Outro.
Nas temporadas 5 e 6, os produtores tentam embrulhar todo este misticismo em ficção científica. Viagem no tempo, sobreposição de dimensões, física quântica. Não convencem. E duvido que queiram convencer. Tentarei não ser um spoiler para quem ainda não não viu o final da série 6, mas quem já pensava que o misterioso Jacob não é outro senão Deus, terá uma chocante surpresa ao ver as suas suspeitas confirmarem-se. Jacob é o Guardião, se não mesmo o Arquitecto da ilha. A surpresa é que tudo indica que não é o único. Outro Ser Antigo se lhe opõe e com ele rivaliza. Parecem Deus e o Diabo, a discutir o destino da humanidade. Deus e o diabo ou dois deuses, deuses gémeos, um que acredita na humanidade e na sua capacidade de evoluir para um nível superior, o outro que de tanto observar já condenou o ser humano à sua permanente natureza animal, e que o julga incapaz de ultrapassar a baixeza do conflito. Dir-se-ia que o primeiro é o criador e o segundo o crítico que escarnece do fracasso do primeiro. E esse fracasso somos nós, a humanidade, meros peões nesta aposta entre deuses caprichosos e voyeristas. (Leia-se o Livro de Jó.)
Sempre quero ver como é que os produtores tencionam descalçar esta bota com física quântica. Talvez seja uma questão de fé acreditar na ciência. Eu acredito que toda a série é uma simbologia do caminho das almas, e do eterno retorno, e se os produtores tentaram fazer algo diferente foi exactamente nisso que acabaram por cair. O que me agrada bastante mais do que a mal amanhada explicação científica.

Gostaria muito de trocar impressões com outros espectadores da série para partilha de teorias. Duas cabeças pensam sempre melhor do que uma só.


Original in Gotika

domingo, 2 de maio de 2010

Abismo Humano - 4ª Edição

O nº 4 da Revista Abismo Humano já se encontra online, para aceder ao conteúdo basta clicar na imagem.




Relembramos que para mais informações devem seguir o link que se encontra na secção "arte".