Eventos
EVENTOS PREVISTOS ANTES DAS NOVAS RESTRIÇÕES
[CANCELADO] NYE: Forever In Electric Dreams
Sexta 31 de Dezembro, Village Underground, Lisboa
[CANCELADO] Reveillon Noir
Sexta 31 de Dezembro, Noir Clubbing, Lisboa
Eventos
EVENTOS PREVISTOS ANTES DAS NOVAS RESTRIÇÕES
[CANCELADO] NYE: Forever In Electric Dreams
Sexta 31 de Dezembro, Village Underground, Lisboa
[CANCELADO] Reveillon Noir
Sexta 31 de Dezembro, Noir Clubbing, Lisboa
EVENTOS
INDIEpendent Sessions
Terça 30 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
After Dark
Sábado 4 de Dezembro, Noir Clubbing, Lisboa
EVENTOS
Especial "The Smiths"
Sábado 27 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
Critical Sessions
Sábado 27 de Novembro, Arroz Estúdios, Lisboa
Oporto Decay
Sábado 27 de Novembro, Heaven's, Porto
INDIEpendent Sessions
Terça 30 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
EVENTOS
INDIEpendent Sessions
Sábado 20 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
DJ Thormentor / DJ Romeo
Sábado 20 de Novembro, Heaven's, Porto
EVENTOS
Eyes Wide Shut
Sexta 12 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
Alt. Clubbing (Alternative Sounds + 80s)
Sábado 13 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
EVENTOS
A Darker Contrast
Sexta 5 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
Especial Joy Division
Sexta 5 de Novembro, RCA Club, Lisboa
After Dark
Sábado 6 de Novembro, Noir Clubbing, Lisboa
Revival
Sábado 6 de Novembro, Heaven's, Porto
EVENTOS
Noite Noir (Devil's Night)
Sábado 30 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
Undead Decadence Party
Domingo 31 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
Halloween - Eden Synthetic Corps
Domingo 31 de Outubro, Heaven's, Porto
Halloween Kat's Choice
Domingo 31 de Outubro, A Cerca, Almada
EVENTOS
Classix Night
Sexta 15 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
No Signal: Maria Bruxxxa (live + dj set) + Dj Ofélia + DJ Serotonin
Sábado 16 de Outubro, 16h00 – 23h55, Lisboa
Detalhes AQUI
Especial Depeche Mode
Sábado 16 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
Noites de Outro Lugar
Sábado 16 de Outubro, Heaven's, Porto
EVENTOS
Eyes Wide Shut
Sexta 8 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
Undead Decadance Party
Sábado 9 de Outubro, 16h30 – 21h30, Twitch live stream
Alt. Clubbing (Alternative Sounds + 80s)
Sábado 9 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
EVENTOS
INDIEpendent Sessions
Sexta 1 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
After Dark Party
Sábado 2 de Outubro, Noir Clubbing, Lisboa
Parzival foi mais uma banda que conheci através do Festival Entremuralhas. Confesso, a partir de certa altura, que uma amálgama de preguiça e de falta de tempo me afastou de uma das minhas actividades favoritas: procurar música nova. Durante algum tempo fi-lo ouvindo rádio online (a que hoje chamamos podcasts, mais precisamente) mas acabei por perder o hábito. Isto agora vai mudar com o streaming no Twitch, com DJs ao vivo e chat em tempo real, e a possibilidade de assistir comodamente no smartphone enquanto se faz outras coisas, algo de impensável nos tempos dos podcasts em que era preciso estar ao computador para ouvi-los, e, lá está, nem sempre havia tempo disponível para isso.
Dos Parzival, descobri primeiro o álbum “Urheimat”, talvez mais acessível e dançável. Fui ao Bandcamp deles e ouvi a discografia toda (outro luxo que não havia no meu tempo, em que a gente comprava o disco ou CD a partir de um único tema que passava na rádio e às vezes enfiava um grande barrete). Os álbuns são muito diferentes entre si. Diria que gosto muito de “Urheimat” e “Casta”, mas dos outros nem por isso. Da mesma maneira, pode haver quem tenha uma opinião rigorosamente contrária à minha.
É precisamente de “Casta” que quero falar, um álbum que me surpreendeu pela mistura de influências: música indiana, electrónica, marcial, épica, e direi mesmo operática, tudo isto numa banda dinamarquesa.
Tenho a perfeita consciência de que “Casta” não é para toda a gente. Mas, ao primeiro acorde, eu soube que era mesmo para mim. A música indiana fascina-me, até aquela dos filmes de Bollywood. “Casta” não é exactamente música dançável (embora possa muito bem ser dançada), mas leva o apreciador numa viagem de inúmeras subtilezas que se combinam surpreendentemente bem, uma delícia para o sentido auditivo.
Aconselho a audição imediata e, já agora, a da restante discografia, incluindo o excelente “Urheimat” (esse, sim, para dançar).
EVENTOS
Tardes Alternativas
Sábado 26 de Junho, 16h-21h, Noir Clubbing, Lisboa
Night Shift
Sábado 26 de Junho, 17h-21h, live stream
EVENTOS
Graveyard Thrills Birthday 2021
Sábado 19 de Junho, Cinema São Jorge, Lisboa, 13h/22h30 + evento online no Twitch
Página do evento AQUI: www.facebook.com/events/522696802191257
Reservas almoço e jantar: 933478047
Demorou, mas aqui estamos. O Pórtico ultrapassou as 100 mil visitas.
De início atribulado, criado quando não havia uma plataforma única onde divulgar de modo centralizado os eventos góticos nacionais, o Pórtico pode ter perdido relevância com a hegemonia do Facebook.
Para quem prefere visitar uma página actualizada e centralizada, o Pórtico vai cá estar enquanto esta vossa escriba precisar de um passatempo.
A todos vós que visitam, muito obrigada!
Um disco de grande beleza pelos nossos amigos felinos ausentes, essas criaturas misteriosas que dignam partilhar connosco as suas vidas efémeras.
O projecto começou quando Sam Rosenthal (fundador de Projekt e Black Tape for a Blue Girl) perdeu a sua gata Vidna devido à leucemia felina e decidiu convidar bandas a integrarem uma compilação que alertasse para essa doença. Os lucros foram, e são ainda, destinados ao Tree House No-Kill Shelter of Chicago, um abrigo para gatos.
Cruzei-me com este disco por acaso (se acreditasse em acasos) quando o encontrei em segunda mão nos anos 2000, ainda na velhinha loja Fata Morgana da avenida Duque de Loulé. Comprei-o logo, mesmo sem conhecer a maioria das bandas. Vinte anos depois, este disco fez-me companhia em alguns dos momentos mais penosos da minha vida: o adeus aos companheiros felinos que estiveram comigo e já não estão. Muitas destas canções fazem-me logo desatar em lágrimas, mas chorar lava a alma.
“A Cat-Shape Hole In My Heart” é um álbum de gótico puro e sublime, um requiem composto por pessoas que passaram pelo mesmo luto destruidor. Um disco obrigatório para góticos que amam gatos. Se ainda não o têm, não imaginam a falta que vos fez.
Não há uma única canção inferior nesta colectânea, mas destaco as minhas preferidas: o desgosto subtil de "Too Far Away" (Area), o comovente "Cayman" (Mira), o devastador "Night and Mourning" (Regenerator), os fantasmagóricos "Galactipus" (Tara Vanflower) e "Felix the Cat" (Collide), o melancólico "In The Snow" com o seu último verso "There’s something that falls apart the instant the light ends" (Dead Leaves Rising), o misterioso "In Dreams Of Mine" (Faith & The Muse).
Há pouco tempo pesquisei e não apenas ainda se encontra à venda o CD em formato físico como agora é possível ouvi-lo e adquiri-lo no Bandcamp do Projekt Records:
projektrecords.bandcamp.com/album/a-cat-shaped-hole-in-my-heart-pay-what-you-wish-1999
Ouçam-no, guardem-no, comprem para os amigos, não emprestem. Um dia vão precisar dele.
Os Siglo XX são uma banda belga formada em 1978. Uma banda que só descobri graças, mais uma vez, ao festival Extramuralhas do ano passado. Não posso dizer que nunca tinha ouvido falar deles, porque afinal até tenho um tema dos Siglo XX na compilação “Fuck Yeah Goths Mix One” (2010), mas simplesmente não lhes tinha prestado a atenção que merecem. Desde o Extramuralhas 2019, que lhes descreve o género musical como Coldwave, Gothic Rock, Darkwave e Post-Punk, fui finalmente aprofundar a discografia desta excelente banda. E fiquei perplexa de como é que me passaram ao lado este tempo todo. Mas mais vale tarde do que nunca.
Um dos motivos para isto, suspeito, é que a música dos Siglo XX não é exactamente dançável (pode ser, mas é mais para ouvir do que para dançar, no meu gosto pessoal) e passa muito discretamente no meio de outras bandas do mesmo género. Não é banda em que se repare numa disco ou bar, por exemplo, enquanto se conversa com amigos.
Às vezes os temas lembram-me Joy Division, outras Bauhaus, outras ainda Siouxie and The Banshees, e Sisters of Mercy e Nick Cave do início, e até Dead Can Dance do primeiro álbum. Como é que é possível perdê-los?
Os Siglo XX fazem um som subtil e envolvente, com letras fortes e sombrias, que merecia ser mais conhecido. Recomendo que os vão já descobrir se eles também vos passaram ao lado.