A minha ansiedade por ver, finalmente, Fields of the Nephilim não me toldou o juízo perante uma actuação tão pobre. Se a principio o nome Bizarra Locomotiva para primeira parte me pareceu estranho, no fim da noite já não encontrei estranheza alguma na escolha, primeiro, porque estes evoluíram bastante musicalmente e segundo, porque os Fields que se apresentaram em palco, trouxeram muito mais rock que gótico(?), acabando assim por estas duas bandas não soarem muito distantes uma da outra.
Como foi referido, a primeira parte esteve a cargo de uns Bizarra Locomotiva com álbum novo debaixo do braço, a distribuir energia por meio coliseu, mostrando a quem, ainda, não os conhece, o que é Industrial.
E foi a esse meio coliseu do Porto, aquecido pelos Bizarra Locomotiva, que o Nephilim e os seus Fields se apresentaram secos e sem a magia que seria expectável a quem se habituou a ouvir os álbuns de estúdio (falta dos manos Wright?) – a banda limitou-se a regurgitar músicas de Mourning Sun intercaladas com trabalhos mais antigos.
Não senti em tempo algum o “coração parar” sob a vista do Nephilim McCoy em palco, nem quando Moonchild soou, nem mesmo no único encore que, apesar de ter melhorado significativamente o concerto, não me apagou da memória o resto da noite, e não elevou a positivo a prestação da banda. Triste pelo que vi e ouvi, dei por mim a pedir silenciosamente para que não houvesse um segundo encore.
Pela primeira vez em 21 anos de concertos digo que preferia ter deixado os Fields “At the gates of silent memory” para, assim, poder continuar a ilusão de que ainda existe rock gótico.
Por estas razões esta crítica é necessáriamente curta e amargurada.
Fotografias? Procurem-nas pelos portais e outros fóruns – apaguei todas as que tirei.
Como foi referido, a primeira parte esteve a cargo de uns Bizarra Locomotiva com álbum novo debaixo do braço, a distribuir energia por meio coliseu, mostrando a quem, ainda, não os conhece, o que é Industrial.
E foi a esse meio coliseu do Porto, aquecido pelos Bizarra Locomotiva, que o Nephilim e os seus Fields se apresentaram secos e sem a magia que seria expectável a quem se habituou a ouvir os álbuns de estúdio (falta dos manos Wright?) – a banda limitou-se a regurgitar músicas de Mourning Sun intercaladas com trabalhos mais antigos.
Não senti em tempo algum o “coração parar” sob a vista do Nephilim McCoy em palco, nem quando Moonchild soou, nem mesmo no único encore que, apesar de ter melhorado significativamente o concerto, não me apagou da memória o resto da noite, e não elevou a positivo a prestação da banda. Triste pelo que vi e ouvi, dei por mim a pedir silenciosamente para que não houvesse um segundo encore.
Pela primeira vez em 21 anos de concertos digo que preferia ter deixado os Fields “At the gates of silent memory” para, assim, poder continuar a ilusão de que ainda existe rock gótico.
Por estas razões esta crítica é necessáriamente curta e amargurada.
Fotografias? Procurem-nas pelos portais e outros fóruns – apaguei todas as que tirei.
5 comentários:
Bem...esta critica será para os que não puderam ir, não se sentirem tão frustrados? ;)
:)
Embora uma critica seja sempre pessoal, ponderei não publicar esta por ter ficado pessoal demais. Foi uma desilusão....
Honestamente, a sensação que tive foi de frete, só não sei quem o fez maior se eu, já que foi uma reacção ao concerto, se a banda.
Como já referi noutro sitio, tendo condições, não me sentiria bem em não ir ver.
Bom, para mim, à partida, um concerto de Fields Of The Nephilim nos dias de hoje teria de ser sempre algo "mais ou menos"... longe vão os tempos da formação e da inspiração de DOWNRAZOR e ELIZIUM, álbuns altos, na minha opinião.
Confesso ter tido o receio de que o concerto se tornasse demasiado metal, à imagem de algumas facetas que McCoy foi parindo em projectos vários, durante o seu percurso artístico até aqui. Esse receio foi exacerbado quando percebi o som estranho e elevado do Coliseu aquando o concerto de Bizarra Locomotiva.
Não foi metal, foi mais rock... antes isso...
Seja como for, gostei de ouvir os temas clássicos, como o Moonchild, o Preacher Man, o Last Exit for The Lost e, claro, o For Her Light... só por estas, valeu bem a pena... esperava mais umas musiquinhas do Downrazor. O resto foi-me... indiferente!
Ah! Já agora, o after party no Pitch Club também foi engraçado, apesar do espaço ser escasso!
Não fui à after party tal era a minha "azia"... fui beber uns copos à tendinha (tasco mais acima)... Também achei curioso o facto de haver 3 after-partys no Porto para um concerto...
Acho que foi a escolha pelo rock "fácil" que me desiludiu, mas lá está são opiniões pessoais e uns desiludem-se mais facilmente que outros. óbvio que a voz do McCoy estava boa, mas e os Fields, onde estavam?
Devias fazer uma critica para haver mais uma opinião caso possas, claro.
Ao ler esta crítica lembrei-me que de afinal vi o McCoy, na versão The Nephilim, em Lisboa, nos anos 90. (As coisas que uma pessoa esquece...)
Nessa altura foi bastante industrial, bastante mais para aquilo que as pessoas estavam habituadas à altura, e até fez tremer o chão.
Lamento a desilusão.
Talvez para a próxima seja melhor. E em Lisboa. :)
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