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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Peter Murphy :: Coliseu dos Recreios, 1 Novembro


“Loves Me, Loves Me Not”... foi assim que das sombras apareceu Peter Murphy em pleno feriado religioso para partilhar durante duas horas, músicas da sua carreira a solo e da época Bauhaus. Poucos meses depois de ter actuado no Festival Marés Vivas, um Coliseu praticamente cheio, esperava o artista. E é notável a sua empatia com o público português, estabelecendo por diversas vezes comunicação com este. Agradeceu e distribuiu “olá”, elogiou a beleza do Coliseu, falou sobre o novo álbum e ficámos a saber que ficou pronto recentemente, tendo sido produzido recorrendo a financiamento próprio, sem recurso a editora.

“Retrospective Tour”, já era anunciada como uma passagem por toda a sua carreira. Temas como “Time has Got Nothing To Do With It”, “Marlene Dietrich´s Favorite Poem”, “I´ll Fall With Your Knife”, “Strange Kind Of Love”, “Cuts You Up”, “Huuvola”, “Deep Ocean, Vast Sea” revisitaram os seus álbuns mais antigos, enquanto “Idle Flow” foi escolhido do último álbum, “Unshattered”. Mas era inegável que o público também queria ouvir Bauhaus e “Burning From The Inside” foi o primeiro a ser servido. “All We Ever Wanted Was Everything” causou arrepios; “She´s In Parties” levou a sala ao delírio com toda a gente a mexer e uns segundos de “Bela Lugosi´s Dead” trouxeram a nostalgia de uma das músicas mais marcantes do rock gótico. Pertencente ao último álbum dos Bauhaus “Go Away White”, tocaram “Black Stone Heart”. Peter Murphy não poupou elogios à sua nova banda e referiu que os Bauhaus estavam ali mesmo! Em “Hurt”, um original de Nine Inch Nails, subiu a uma espécie de escadote e aí pendurado, qual morcego na sua caverna, fez a sua interpretação.
Ao longo de todo o concerto mostrou ser muito mais que um cantor. Todas as músicas são vividas intensamente, verdadeiro performer, lembrando muitas vezes o próprio David Bowie. Percorreu toda a superfície do palco a dançar, várias foram as vezes em que esteve no chão e muitas foram as poses misteriosas a lembrar os tempos obscuros de Bauhaus, não mostrando falta de energia nos seus cerca de 50 anos de idade.

No segundo encore e depois do êxtase de “Cuts you Up” , eis que presenteia os fãs com uma música do novo álbum ainda por editar. Quando já o público se preparava para sair, ainda regressa ao palco para o terceiro encore da noite, “All Night Long” brilhantemente interpretado, foi o culminar de uma noite simplesmente fantástica e memorável…

BELA LUGOSI´S (NOT) DEAD...!!!

4 comentários:

katrina a gotika disse...

Grande crítica. Até me senti "lá".

Mas o que é que isto quer dizer: "Peter Murphy não poupou elogios à sua nova banda e referiu que os Bauhaus estavam ali mesmo!" o_O

Que os membros dos Bauhaus estavam presentes (fisicamente) no palco ou na plateia, ou que *ele* (mesmo com uma banda nova) é o espírito dos Bauhaus?
Olha que isto pode dar bronca com os outros parceiros dos Bauhaus. ;)
LOL

katrina a gotika disse...

Adicionado a Crítica Concertos.

Anónimo disse...

Deve ter sido demais!!!
Grande crítica e belas fotos!

ritual noise disse...

Obrigado pelos comentários!

E ainda acrescento que, Peter Murphy disse: "têm andado a procurar Bauhaus nos sítios errados, Bauhaus estão aqui mesmo!"

Cá para mim ele considera a nova banda como sendo Bauhaus :) só perguntando mesmo à criatura eh eh

Infelizmente nunca vi Bauhaus com os membros antigos,logo não tenho termo de comparação, mas para mim nas músicas que interpretaram de Bauhaus, quem estava lá eram os Bauhaus...