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domingo, 4 de julho de 2010

ChameleonsVox

ChameleonsVox
Santiago Alquimista, Lisboa, 3 de Julho

Actuação soberba a registar destes restantes Chameleons no Santiago Alquimista esta noite. Tudo cinco estrelas. Som, atitude, sentido de humor. Momentos altos com "Mad Jack" e "Monkeyland", mas na minha opinião o melhor estava para vir nos (dois!) encores, com "Swamp Thing" e "In Shreds". A mim, só faltou mesmo "Paper Tigers", que acabou por ser a tema que me fez interessar por Chameleons. Tirando esse pequeno lamento pessoal, acho que qualquer fan sairia do concerto satisfeito e com as medidas bem cheias. Eu até nem sou especialmente devota e saí de lá muito mais convencida.
Grande nota para o vocalista Mark Burgess, que vestido de umas discretas calças de ganga pretas e t-shirt também preta (e sem mais adereços senão um vulgaríssimo pendente) impôs logo todo o seu carisma no segundo em que entrou no palco. Eu não o conhecia sequer, nem de cara!, logo não sou suspeita: Grande senhor. Voz impecável após quase trinta anos de carreira: The Chameleons formaram-se em 1981 e actuaram entre nós em 1983, no Rock Rendez Vous, o que Burgess fez questão de recordar: "twenty-seven years!"
Ninguém diria. Parecia um puto.

Os ChameleonsVox são os Chameleons originais Mark Burgess (vocalista) e John Lever (baterista), mais três membros dos Bushart: os guitarristas Steve Foxcroft e Chris Oliver, e o baixista Ray Bowles. Mas não se deu pela diferença.


Agora o público
A nota mais bizarra da noite foi mesmo a estranha mistura de audiência que esteve presente no Santiago Alquimista. Além das caras habituais nas Graveyard Sessions e concertos relacionados, como os também habituais nostálgicos do costume que já não saem excepto para os concertos (e esses também de distinguem logo à distância), existiam igualmente entre o público umas boas dezenas de penetras, que pelo seu comportamento alienado da cena (e da banda, e do som) me fizeram questionar seriamente se aquela gente sabia o que estava a ver ou se pensaram que "Chameleons" era uma cover band de David Bowie. Porque só dessa maneira se pode explicar a presença de tanta gente absolutamente deslocada, ou então poderemos supor que os clientes regulares do Santiago Alquimista (e malta em geral que circula pelos bairros populares à procura de festas dos Santos) está disposta a dar 25 euros para entrar numa festa/concerto de algo que nem sabe o que é. Altamente intrigante, devo confessar. Haverá algum "passe social 30 dias Santiago Alquimista" e ninguém sabe?... Via verde?... Chip?... ;)
É que apanhei alguns dos senhores respeitáveis (e da minha idade) mais interessados em olhar para mim do que para a banda, o que não deixa de ser estranho na medida em que o concerto foi muito melhor do que eu alguma vez fui ou serei boazona, pelo que se deduz que há gente que não sabe o que fazer ao dinheiro.


After-party
Posto isto, havia uma graveyard a seguir, e agora vou ser dura mas vai ter de ser, o Santiago Alquimista parecia naquele fim de concerto já em fim de noite, com uma grande debandada, se calhar por falta de ambiente, ou por falta de cadeiras e mesas (desta vez retiraram-nas mesmo), ou por falta de escuridão (quando é que pensavam apagar as luzes amarelas, e já agora começar a passar música?), e o preço das bebidas também não é convidativo, e tornou-se tudo tão pouco acolhedor que pela primeira vez desde sempre nem sequer fiquei para a graveyard, o que diz muito estando eu já no local.
Preferi mesmo ir para casa e ver a repetição do Argentina/Alemanha, porque pelo menos os alemães vestiram-se de preto. Se é que me percebem... e eu sei que percebem.
Talvez a festa tenha melhorado com o avançar da noite, mas eu não achei motivos para ficar e ver, e era esse pormenor que queria registar.


Ainda uma última nota negativa...
... para o horário dos concertos. Há que começar a ser rigoroso nestas coisas e cumprir os horários. E anunciá-los com exactidão. O começo da festa estava marcado para as 21h30, e só no local se anuncia que o concerto vai começar às 23h. Tendo em conta que muita gente vai aos concertos só por causa dos concertos (por estranho que isso possa parecer a alguns), é uma falta de respeito para com o público que chega à hora... para apanhar seca. Quem quer estar no concerto, e gosta da banda, estará presente à hora marcada. Quem não gosta, ou seja indiferente, que entre a meio, ou que entre depois. Mas cumpra-se o estipulado.

6 comentários:

André Leão disse...

Foi uma noite fantástica.

Tens aqui uma review + fotos + vídeos:

http://greyage.blogspot.com/search/label/The%20Chameleons

:)

I Am No One disse...

Critica muito boa André :)

Adicionamos o teu/vosso blog?

André Leão disse...

Obrigado :)

Podem adicionar, claro.

Abraço

The Melg@ disse...

só manias emo kid faria! tu kerias era ser todo comido pelo brugesso.

André Leão disse...

Cala-te, ó palhaço! Sabes onde me encontrar. Do que é que estás à espera para me enfrentares?

Sofia disse...

a única critica com a qual concordo, é a relativa aos horários, porque nuns lados dizia 21h30 e noutros 23h, o que gera confusão.

de resto n creio que alguém vá a um concerto de chameleons por 'engano' e a nível de 'géneros de público' são uma banda muito abrangente, por isso n compreendo a tua observação relativamente aos ditos penetras nem como os avalias.

relativamente ao ambiente pouco acolhedor após concerto tb não concordo, até achei que ficou mais acolhedor, porque com algumas pessoas, que n estavam interessadas na festa, a irem embora, o s tiago ficou mais confortável e menos quente visto que com a lotação esgotada estava imenso calor e até acho que foi por isso mesmo que muitas pessoas n ficaram para a festa.