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segunda-feira, 5 de julho de 2010

"...Tomorrow I'll remember yesterday...", Chameleons Vox ao vivo S.A., Julho 2010



No Sábado dia 3, Lisboa recebeu uma banda que, passados 27 anos e sem metade dos elementos iniciais, deu um excelente concerto. Naquela hora e meia pudemos preencher da melhor maneira as saudades, tanto o publico presente como a banda, aliás, pelo meio, Mark confessa que aquando do concerto no Rock Rendez Vous não quis sair do palco, nas palavras do próprio: “i didn’t want to go home!” - e nós no sábado também não.

Os The Chameleons têm uma sonoridade muito própria: tal como o animal, o camaleão, por vezes incluem uma tonalidade nas suas canções que se aproxima de algumas bandas da vanguarda inglesa dos anos 80, da qual fizeram parte, mas nunca se colam realmente a nada - será talvez isso que os mantém únicos, até hoje.

O concerto começou às onze com Perfume Garden e desde aí não existiram pontos baixos, mesmo o episódio da groupie descontrolada (ao irmão da Helena, se estiveres a ler isto, agradecia que no próximo concerto pudesses ir, que mais não seja para controlares a tua irmã e evitar o primeiro "momento U2" com a entrega do telemóvel ao vocalista) foi resolvido com humor e presença de espírito por Mark, que se manteve irrequieto, bem disposto, comunicativo, com uma postura e voz que ainda se projectam de forma entusiasmada e entusiasmante, revelou-se atento e em perfeita sintonia com tudo o que o rodeava, com uma invulgar noção de espaço: não raras vezes cantou para a parte de trás do palco honrando também quem por lá estava a assistir ao concerto - é assim amigos, há quem vá pagar 80 euros para assistir a concertos 360º, nós por cá, temos o Santiago Alquimista :)
Estes foram alguns dos ingredientes que deixaram o publico absolutamente convencido e rendido a ouvir.

Do alinhamento principal, musicas como Less Than Human, Soul in Isolation e Second Skin fizeram as delícias a nível pessoal, nos dois encores, Up the Down Escalator e Tears foram de facto extraordinárias, Don´t Fall pôs término a um concerto memorável em que a banda fez o publico e o publico fez a banda.
De referir ainda, a homenagem aos Beatles com uns refrões de Get Back no meio de Nostalgia e aos Clash, com um excerto de White Riot.

Em relação ao som, é minha opinião que o Santiago Alquimista não tem uma acústica por aí além e que deverá ser um quebra-cabeças para qualquer técnico de som, confesso que tive algum receio, mas desta vez não se verificou, correu tudo bem - parabéns também ao técnico. À festa Graveyard apenas com um reparo, creio que era dispensável para nós, público, e imagino também para a banda, que a primeira música a ser escutada pós-concerto fosse precisamente uma tocada durante o mesmo…

Quanto às fotografias, tirei poucas e sempre da mesma posição (não tinha por onde me mexer), mas decerto não terão dificuldades em encontrar bons registos fotográficos já aqui ao lado ;).


1 comentário:

katrina a gotika disse...

Adicionado ao arquivo; críticas ordenadas por ordem de publicação.