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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Moonspell/Sombra, Cinema S. Jorge, 31-10-2010


Um concerto de Moonspell será sempre um concerto de Moonspell, quer seja halloween ou quer o registo seja acústico, mas apesar disto, concordo com o referido por Fernando Ribeiro em palco: que projectos como este Moonspell/Sombra, trazem um caracter intimista aos concertos. As salas pequenas, as conversas entre músicas e a convivência depois dos mesmos permitem uma proximidade com o público, que seria muito difícil num concerto Moonspell/Moonspell. 

Dito isto, passemos à noite do dia 31:

Consta que o patrocinador arranjou uma carrinha funerária para deslocar a banda ao S. Jorge, não assisti a essa entrada teatral no cinema já que a minha atenção estava com Chanson Noire, que teve o trabalho inglório de entreter as hostes num ambiente com barulho a mais, quando dei conta já eles se encontravam ao lado de Chanson a dar as boas vindas a quem por lá estava e a formalizar a abertura de portas da sala.


Já dentro da sala e com os Opus Diabolicum em palco, não consigo evitar o pensamento: Venho a um concerto de Moonspell num projecto acústico com um quinteto de cordas e percussão de homenagem aos Moonspell e  como primeira parte tenho o mesmo quinteto de cordas e percussão de homenagem aos Moonspell, a recriarem o corpo musical de Moonspell? herrrr...
Os Opus Diabolicum ainda assim, conseguiram aquecer o público e recriar com interesse  algumas músicas, donde destaco "Vampiria" e “Moonspell”, uma musica homenagem a... Moonspell, a única original da banda.
Pareceu-me, sinceramente, redundante.


Apesar de algum receio crescente, a curiosidade com estes Sombra mantinha-se. Os Moonspell são uma máquina bem oleada e seria difícil terem uma má prestação, quase tanto como, na minha opinião, assistirmos com este projecto a um concerto excelente.
O concerto arranca com "Handmade God" (que poderão ver no vídeo abaixo) e assim que a cortina branca se afastou revelou um palco cheio de músicos que nos levaram em altos e baixos por um alinhamento muito baseado em Sin, que se tornou, de resto, uma boa surpresa. 


Ao longo do alinhamento "Opium", "2econd Skin", a excepcional "Mute" e "Alma Mater" foram as que mais me entusiasmaram, "Luna" e "Scorpion Flower" provaram ser aquilo que sempre suspeitei, musicas mais fracas que nem mesmo as belas vozes das Crystal Mountain Singers e as roupagens semi-acústicas conseguiram disfarçar. 
As dedicatórias a Peter Steele em "Mute", ao eterno António Sérgio em "Alma Mater" e a Francisco Ribeiro com a cover "Os Senhores da Guerra" dos Madredeus, souberam bem por se saberem sentidas, por não esquecerem, nem de onde vêm, nem como aqui chegaram. O fim teria sido apoteótico caso o último "Full Moon Madness", da musica com o mesmo nome, tivesse sido gutural, como que a dizer nós, Moonspell, estamos aqui.

Em resumo, o concerto foi bom, não excelente, mas provou, caso dúvida houvesse, que são todos muito bons músicos. Alguns temas não ganharam muito, outros demonstraram aquilo que são, mas na minha opinião, nenhum ficou melhor. Espero que deste capítulo na carreira dos Moonspell saia de um registo ao vivo, já que é em palco, com a presença dos músicos, que este projecto ganha força. 

1 comentário:

katrina a gotika disse...

Concertos finalmente adicionados à lista de crítica de concertos.