Joris Karl Huysmans (J.K. Huysmans) escritor e critico de arte (Francês, 1848-1907) viveu sempre na linha entre o bem e o mal e, a certo ponto, a sua obra literária começa a reflectir isso, sendo “Além” (“Là-Bas”) um bom exemplo disso.
“Além” é, acima de tudo, um ensaio sobre o bem e o mal, disfarçado de romance com dados históricos mais ou menos ficcionados (referências a, pelo menos, um ocultista francês da altura é facilmente reconhecível ao longo da obra, o abade Joseph Boullan serve de modelo a uma personagem que pratica magia para conter o satanismo*) que resultam bem na ilustração dos caminhos, por vezes tortuosos, que percorremos na escolha e reconhecimento da fé.
Em “Além”, Huysmans cria “Durtal”, um personagem que, tal como o autor, deambula nesta dúvida entre o bem e o mal retratada aqui, sinais dos tempos, pela vontade do personagem principal, escrever uma biografia de Giles de Rais, Marechal Francês, (1404-1440), sádico e pedófilo que viria a ser acusado de satanismo e condenado pela morte de, pelo menos, 200 jovens. Ao longo da investigação, Durtal conduz o leitor por conversas com vários personagens, desde homens de fé simples (pessoas que nada questionam) a pessoas ligadas ás missas negras em Paris, sendo-nos a dada altura presenteada uma descrição pormenorizada do ritual, pormenorizadas são, também, as descrições das acções de Gilles de Rais, não aconselháveis aos leitores facilmente impressionáveis.
“Além” é um bom ponto de partida para quem gosta de ler e se questionar sobre a fé.
* - http://pt.wikipedia.org/wiki/Joris-Karl_Huysmans
“Além” é, acima de tudo, um ensaio sobre o bem e o mal, disfarçado de romance com dados históricos mais ou menos ficcionados (referências a, pelo menos, um ocultista francês da altura é facilmente reconhecível ao longo da obra, o abade Joseph Boullan serve de modelo a uma personagem que pratica magia para conter o satanismo*) que resultam bem na ilustração dos caminhos, por vezes tortuosos, que percorremos na escolha e reconhecimento da fé.
Em “Além”, Huysmans cria “Durtal”, um personagem que, tal como o autor, deambula nesta dúvida entre o bem e o mal retratada aqui, sinais dos tempos, pela vontade do personagem principal, escrever uma biografia de Giles de Rais, Marechal Francês, (1404-1440), sádico e pedófilo que viria a ser acusado de satanismo e condenado pela morte de, pelo menos, 200 jovens. Ao longo da investigação, Durtal conduz o leitor por conversas com vários personagens, desde homens de fé simples (pessoas que nada questionam) a pessoas ligadas ás missas negras em Paris, sendo-nos a dada altura presenteada uma descrição pormenorizada do ritual, pormenorizadas são, também, as descrições das acções de Gilles de Rais, não aconselháveis aos leitores facilmente impressionáveis.
“Além” é um bom ponto de partida para quem gosta de ler e se questionar sobre a fé.
* - http://pt.wikipedia.org/wiki/Joris-Karl_Huysmans
4 comentários:
Trés intéressant.
Deveria ter um personagem mais forte do lado do "bem", mas mesmo assim é um livro recomendável, e sim acho que gostarias de o ler :)
Existem mais duas obras que deverão ser igualmente interessantes do mesmo autor mas que eu não tenho, "A REBOURS" e "LA CATHÈDRALE".
Estou curioso...
A construção das personagens e dos ambientes é excelente.
Esqueci-me de colocar no texto a editora é a Assirio & Alvim.
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