Na sequência do lançamento de "Bright Side of a Black Hole", pelo projecto Black Dianthus, o Pórtico colocou algumas perguntas ao seu mentor. Descobrimos que o homem por trás do projecto não gostaria de divulgar demasiado, prefere que seja a música a "falar por si", mas aceitou responder a uma curta entrevista.
Quem é (ou quem são) o projecto Black Dianthus? Como nasceu o
projecto? Há quanto tempo existe, como Black Dianthus ou as suas
origens?
Black Dianthus foi criado em 2006, originalmente com o
nome "Verlort", não passando de um desabafo sonoro, e de uma exploração
da expressão no meio. O nome Black Dianthus foi adaptado em 2009
inspirado na Flor "Dianthus", mistura das palavras Gregas "Dios" (Deus) e
"Anthos" (Flor), escolhendo então entre as suas 300 diferentes espécies, a
Preta (Black Dianthus), pois a sua cor me suscitou curiosidade e na
altura representou aquilo que queria atribuir ao meu projecto: o equilíbrio entre o branco e o preto da flor, representava para mim o equilíbrio entre o bem e o mal, o caos e a paz, que são elementos
presentes nas minhas criações.
Como é feita a música de Black Dianthus? É tudo por sintetizador ou há mesmo instrumentos?
A música de Black Dianthus foi sempre criada a partir de sintetizadores,
ou neste caso Teclado Midi controlando orquestras virtuais e variados
tipos de Vsts.
Quais são as influências de Black Dianthus ou, se preferires, a música
que gostas e que te inspira? Nota-se uma grande influência de metal
(doom metal, se não estou em erro, porque não sou perita no estilo),
concordas? Por outro lado nota-se muito trabalho nos arranjos. O que te
levou a optar por esses arranjos em cada um dos temas?
A influência para as minhas criações são variadas, mas gosto de ter em
conta sempre não apenas as influências de outros projectos mas também as
influências que tive ao longo da minha existência, como sentimentos, vivências e situações pelo qual fui passando.
Os projectos que mais me inspiraram foram: em primeiro lugar e talvez os mais influentes terão sido os Franceses Elend, mas muitos outros projectos me influenciaram, como
Mortiis Era 1, Cintecele Diavolui, Fata Morgana, Sopor Aeternus and the Ensemble of Shadows, Vond, Apoptose, Wardruna, Qntal, Arcana, Estampie,
Autumn Tears, Karjalan Sissit, Desiderii Marginis, Uaral, Lifelover,
entre muitas outras.
Quanto aos arranjos escolhidos, penso que seja mesmo a solução
encontrada por mim para expressar o que pretendia, foram estes como
poderiam ser outros, creio que a "escolha" aqui não será bem uma
escolha, e como um puzzle terminado quando concluo cada faixa.
O projecto Black Dianthus pode ser, ou vai ser, tocado ao vivo? Quais
são as ambições para o projecto? Há mais álbuns no horizonte? Neste
estilo, noutros?...
O projecto Black Dianthus nunca será tocado ao vivo. Em termos de ambições apenas poderei dizer que já me encontro a trabalhar noutro álbum, experiências e novas sonoridades um pouco diferentes do que foi ouvido em "Bright side of a black hole" vão estar presentes. Contudo o género será o que me cativou para iniciar este projecto e o que me fará continuar a trabalhar nele
O Pórtico agradece a disponibilidade.
O álbum pode ser ouvido na íntegra e permite download gratuito aqui:
http://abismohumano.bandcamp.com/album/bright-side-of-a-black-hole
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