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terça-feira, 8 de junho de 2010

2/3 de critica : Messer Chups, Armazém do Chá, Porto


A partir do trabalho em estúdio deste trio russo, de sonoridades rockabily com alguns ares de horror punk, criei algumas reservas em relação a como seria o concerto, não por falta de qualidade, mas pela sensação de que, provavelmente, o concerto se tornaria monótono. A sensação confirmou-se. O concerto começou pela uma da manhã no piso superior do Armazém do Chá e revelou um duo de cordas pouco activo e um baterista que tentava a custo não deixar cair uma audiência cuja expectativa ia morrendo ao ritmo das musicas. Apesar das referências ao fim da digressão (em jeito de pedido de desculpas pela falta de energia) e a uma pretensa ressaca da noite anterior (o que deixa antever que pelo menos a cidade de Lisboa terá visto um concerto de maior qualidade), as deixas pré-fabricadas que separaram as musicas não os salvaram - acabaram por se tornar tão desinteressantes quanto o concerto em si.
Contra eles um factor importantíssimo: o espaço. O palco (já vi degraus maiores) não permitia sequer um passo a cada musico e o publico comprimia-se numa sala exígua. Estes factores poderão muito bem ter contribuído para a má prestação do trio, mas permitem também, levantar questões sobre o nível de exigência de algumas bandas em relação aos espaços onde aceitam dar concertos e às necessidades implícitas para oferecerem o que de melhor fazem.
Em resumo e até porque esta critica é apenas sobre os 2/3 que vi do concerto, percebe-se que a qualidade está lá, mas que ao vivo, pelo menos desta vez, não resultou e na minha opinião, a voz de Zombierella é uma mais valia ao vivo, deviam utilizá-la mais vezes.


terça-feira, 16 de março de 2010

And Also The Trees ao vivo em Leiria, 06-03-2010


Nem o mau tempo esmoreceu a vontade de sair de Lisboa para passar o fim-de-semana numa cidade que há algum tempo queria conhecer e de ver ao vivo mais uma das minhas bandas fetiche. Não vos vou mentir, a experiência com os Fields fez-me perder alguma da fé e baixou-me um pouco as expectativas. No entanto, e apesar da entrada atribulada em Leiria, pouco tempo depois dei comigo preparado para assistir ao melhor concerto de sempre. Foi com esta expectativa que entrei no Teatro José Lúcio da Silva. Enquanto resmungava com o preço do vinil 10’, olhava as serigrafias no átrio e esperava pela abertura de portas, a expectativa ia crescendo. Grande parte do público que alí se reuniu já o conhecia de vista doutros concertos em Lisboa e no Porto, fiquei assim agradado com a adesão, afinal o Fade In já tem um peso considerável no panorama musical português apesar da falta de divulgação fora de Leiria - não vi um único cartaz em Lisboa e segundo me consta no Porto também não os havia - resta portanto agradecer às comunidades virtuais a compensação.

Mas este texto é sobre o concerto, sobre a banda, sobre o modo como me deixaram rendido e me deram o 4º melhor concerto da minha vida de expectador.
Só depois da entrada em palco de quatro elementos e dos primeiros acordes de Domed é que Simon entra com o seu ar de decadência vitoriana, no momento exacto de começar a cantar In Another Land, I tried to find somebody… e conquistar logo ali um publico que queria ser arrebatado. Os AATT apresentaram-nos alternadamente trabalhos de Vírus Meadows e o do mais recente The Rag and Bone Man, surpreendendo Portugal com um concerto eléctrico em vez de um expectável concerto acústico. É difícil destacar pontos altos porque todos o foram – desde o engano de Justin à presença e simplicidade com que o expressivo Simon se afastava em direcção ao fundo escuro do palco sempre que era altura dos outros membros brilharem – o que posso dizer é que ao vivo eles tocam o mesmo que se ouve nos discos, não há por ali artifícios e nestes casos será difícil destacar músicas pelo meio do set, mas a nível pessoal saliento Slow Pulse Boy, The Beautifull Silence, He walked through the dew, Maps in her Rists and Arms e um surpreendente segundo encore com a Vírus Meadow solitária, a dizer adeus.
Espero sinceramente que a banda se tenha divertido tanto quanto o publico.
A after party foi no Beat Club com a presença da banda (e estiveram por lá bem mais que cinco minutos), a musica esteve excelente e contou ainda com a projecção de um dos cremasters do artista plástico Matthew Barney e o Fausto de Murnau.
Um ambiente bem simpático.

Fica a lista de músicas e as fotos, desta vez são da Isabel:

Setlist:
Domed (The rag and bone man)
The beautifull Silence (The rag and bone man)
Gone… like Swallows (virus meadows)
Maps in her Rists and arms (virus meadows)
Under the Stars (The rag and bone man)
A room lives in Lucy (retrospective??)
He walked through the dew (Further from the Truth)
Mucklow (The rag and bone man)
Slow pulse boy (virus meadows)
Belief in the rose (Farewell to the shade)
Mermen of the lea (Green is the sea)
Shaletown (Milpond years)
Dialogue (Klaxon)
Rive droite (The rag and bone man)

1º Encore

Prince Rupert (Farewell to the shade)
Vincent Craine (virus meadows)
Feeling Fine (Further from the Truth)
Untangled Man (Further from the Truth)

2º Encore

Virus Meadow (virus meadows)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Peter Murphy em Portugal

De acordo com a informação avançada na página oficial do cantor, Peter Murphy tem 4 datas agendadas para Portugal no ambito da digressão "Secret Cover".

A saber :

28/10/09 Braga, Portugal - Teatro Circo de Braga
29/10/09 Oporto, Portugal - Sá da Bandeira
30/10/09 Coimbra, Portugal - Teatro Académico Gil Vicente
31/10/09 Lisbon, Portugal - CCB

segunda-feira, 17 de março de 2008

The Cure - 08 de Março de 2008 - Pavilhão Atlântico

The Cure 2008@ Pavilhão Atlântico - "M", ebola


Existe uma verdade comum a todos os amantes de musica que é, por isso mesmo, um tormento para os mesmos quando vão a um concerto, e essa verdade diz que é mau sinal sempre que um single é a melhor musica de um álbum, e isto é valido para qualquer banda desde que o album não seja... o Disintegration... e, claro está, a banda não seja os The Cure. Deste álbum saíram 4 singles oficiais que é como quem diz 1/3 do álbum, mas de facto poderia muito bem ter sido metade ou mesmo 2/3 daí que no alinhamento do dia 08-03-2008 no Pavilhão Atlântico e à imagem dos outros concertos até esta data estejam incluídas nada mais que 6 musicas deste trabalho.
Considerações à parte o concerto mostra uns Cure de volta aos bons momentos, um Robert mais solto (do seu jeito...), um Simon igual a si próprio, um regressado Porl Thompson (o verdadeiro excêntrico dos Cure) e um Jason competente. O regresso de Porl Thompson trouxe, na minha opinião, mais electricidade a uma banda que estava condenada a uma ditadura de teclas e a um amolecimento geral que se notava muito nas actuações ao vivo, apesar de em certas musicas o esforço de Simon no baixo não ser suficiente para suprir a sua ausência, esta aparente troca parece-me benéfica.
Embora tenha sido um concerto sempre em alta para as 17999 mil almas, este atingiu limites insanos em musicas como "Friday I'm in Love" (o escriba pára e respira fundo para não cuspir...), "Just Like Heaven" e claro em "Boys Don´t Cry".
Durante o alinhamento e além do que já foi referido, estavam discretamente incluidas 3 musicas que farão parte do novo trabalho a saber, a excelente "A Boy I Never Knew", "a /que-certamente-será-um-single/ "Please Project" e a /preciso-de-ouvir-melhor-porque-não-me-pareceu-grande-coisa/ "Freakshow" (2º Encore). Para regozijo do escriba o main set ainda ofereceu "Kyoto Song", "The Blood", "Push", "One Hundred Years" e uma versão menos "urgente" mas ainda assim boa de "Primary" (acho que gosto mais do imediatismo com que soa em registo original). O 1º Encore que se poderia chamar "desculpem-lá-pela-friday-i'm-in-love-set" é excelente e mais que isso é um piscar de olhos à velha guarda, o coro de vozes no "Play For Today" é sempre digno de se ouvir assim como a "Forest" com a cadência do baixo de Simon no fim acompanhada pelos aplausos do público, bem como "M" (simplesmente divina), seguido por um segundo encore que se poderia chamar uma-no-cravo-outra-na-ferradura-set com uma boa versão de "Lovecats" e um "Why Can´t I Be You" bastante conseguido. Para o fim, o 3º e ultimo encore da noite que se poderia chamar "este-merecia-mais-um-parágrafo-mas-isto-já-vai-longo-set" foi um piscar de olhos a toda a gente, começando pelo inevitável "Boys Don't Cry", pulando com Jumping Someone Else's Train", a surpreendente "Grinding Halt" (que me fez pular até meia hora depois do concerto acabar) seguidas de "10:15 Saturday Night" e "Killing An Arab" (o 1º single da banda), fez com que o concerto fosse memorável mesmo para aqueles que como eu sonharam com um outro set.
Nota desagradável só mesmo para a acústica do pavilhão atlântico que segundo me constou de metade da plateia para trás o eco era mais que muito.
Para finalizar resta-me dizer que depois de Vilar de Mouros 2004 deixei de levar máquina fotográfica para concertos por isso as poucas fotografias que tirei foram com o telemóvel que é o mesmo que dizer "esqueçam lá isso", assim aconselho-vos o fórum "The Cure Portugal" (Link na secção de foruns à esquerda) onde para além das fotografias poderão ler criticas de fãs, bem como o you tube onde uma simples busca permite ver vídeos do concerto (poucos bons mas o que vale é a intenção).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Einsturzënde Neubauten


De acordo com a informação colocada na página oficial do novo álbum, estão agendados para 3 e 4 de Maio do próximo ano, no Porto (Casa da Música) e em Lisboa (Aula Magna), dois concertos incluidos na digressão de promoção de "Alles Wieder Offen".
Os bilhetes para a Aula Magna já se encontram à venda e custam : 27€ (Anfiteatro) e 35€ (Doutorais).